Lisboa popular e a beleza que ela tem

Lisboa é mais autêntica no dia 13 de Junho. Há ainda no ar cheiro a manjerico e a marchas populares e sente-se o pulsar da cidade traduzido no eco do troar rítmico dos tambores. Ontem os bairros assumiram-se festivos, orgulhosos e plenos na sua identidade. Esqueceram-se agruras, renovaram-se esperanças. Ontem e também hoje casam-se nubentes por amor e tradição, nas graças de Santo António, proclamado pelo povo, padroeiro da cidade e homenageado neste dia, desde 1958. Não há quem viva ou visite Lisboa, nesta data, que não perceba o real significado de se ser ‘alfacinha’.

Lisboa é o que fazemos dela todos os dias. Bem sabemos! Mas, carrega consigo nove séculos de história que não pretendemos esquecer, entre outras coisas, por reverência à cidade e a todos aqueles que a foram construindo ao longo dos tempos.
Bendizemos a cidade, o seu padroeiro, e todos os lisboetas. Os do passado, os do presente e os que virão no futuro, reconhecendo em Lisboa a grandiosidade de uma história que nos serve de lição e nos ajuda a trabalhar sempre e sempre melhor.

2 comentários:

florbela silva disse...

Em nome desta linda cidade queria deixar aqui um pouquinho da minha graça, em forma de versos populares :

Santo António
santo Antoninho
Furioso vai no caminho
Fura, Fura como arma o ANCINHO

Lisboetas, as rosas cantam murchas
tenta-se trabalhar todos os jardins
por muito que te esforces ... puxas
mas o ânimo de todos nós é como estalar o verniz

A cor da rosa vermelha desbotou
o LARANJA aviva e adensa
Por toda a Lisboa caem pétalas ... corou
Lisboa sorridente o António atenta

S. António o FADO vai se iniciar
a orquestra está a juntar a pauta
lisboetas vozes afinadas para cantar
O ADEUS, sem saudade ... de gente casta

A rima pode não ser fácil de ser percebida mas com o tempo vai lá.

Flor

Anónimo disse...

Ainda bem Santana o manjerico é muito bem....