Um “lapso” revelador

Desta vez, a candidatura socialista espalhou-se ao comprido e foi obrigada a desmentir o publicitado apoio de António Lobo Antunes a Costa. «Foi um lapso», afirmou laconicamente a candidatura socialista. «Lapso» esse que levou um dia inteiro a ser corrigido.

Utilizar o nome de um escritor consagrado como António Lobo Antunes para capitalização política é tudo menos bonito. «Só há grupos onde existem fraquezas individuais» declarou um dia Lobo Antunes. Neste caso, a avaliar pelo tamanho do «grupo», nem nos atrevemos a especular sobre a profundidade das ditas fraquezas.

3 comentários:

Luis Melo disse...

Se há coisa que detesto, é quando os políticos e os partidos nos tomam por parvos. Hoje saiu a notícia de que o nome de Lobo Antunes estava por lapso na comissão de honra da candidatura de António Costa à Câmara Municipal de Lisboa.

Eu que não sou parvo nem lorpa digo-vos o que aconteceu. Das duas uma:

- colocaram de propósito o nome do senhor para que as pessoas pensassem que essa alta figura o apoiava, pensando que no meio de tantos nomes, ninguém descobriria.

ou então

- fizeram copy-paste de outra qualquer comissão de honra antiga de algum candidato do PS, o que demonstra a credibilidade destas comissões de honra.

Será que alguém acredita que foi por lapso?!… Estava a menina a passar os 1000 nomes para a lista e de repente escreveu por lapso, António Lobo Antunes. Não foi Joaquim Silva Pereira ou Luís Carvalho Rodrigues… foi António Lobo Antunes… que coincidência ?!

Filipe Rodrigues disse...

Boa Noite

Muito sinceramente devo dizer, que usar nomes para passar a imagem de uma campanha mais forte, repugna-me, seja em que campanha for, pois tal coisa parte do principio que vai haver gente a votar só porque tal figura publica tambem o fará.

E penso que toda a gente sabe, que esses apoios não sao voluntarios, mas sim pedidos da parte da campanha ou do candidato em pessoa.

Meus amigos, hoje em dia já se vota nas ideias, e na clareza e honestidade da campanha.

Anónimo disse...

Esta comissão de honra é constituída por gente que tem feito toda a vida à volta do poder. Falta-lhe o povo.
Depois, verifica-se que mais de metade dos figurantes desta comissão de honra não vota em Lisboa. É qualquer coisa do género: Ó Costa, tens o meu apoio, mas voto no Capucho...ou no Isaltino...ou no Seara...