Os votos não são como as cerejas

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Tem sido amplo alvo de críticas, na blogosfera como nas redes sociais e em alguma imprensa, a escolha da apresentadora de televisão Carolina Patrocínio como Mandatária de Juventude do PS às legislativas.

O erro de casting, depois de Carolina se mostrar indisponível para participar em eventos chave socialistas, tornou-se ainda mais notório após as suas declarações participação num programa televisivo onde proferiu afirmações como: «Prefiro fazer batota a perder». Ou: «Odeio os caroços nas frutas. Só como cerejas quando a minha empregada tira os caroços por mim».

Obviamente, estas declarações causaram incómodo entre os socialistas. Mas sucede que o caso de Carolina Patrocínio foi apenas mais um a juntar ao rol de tantos e tantos arregimentados, para uma pretensa “base de apoio”, não pela substância mas pelo seu potencial de mediatismo e suposta simpatia junto dos eventuais eleitores de esquerda.

Desde o início, entre declarações contraditórias e inconciliáveis de António Costa, Helena Roseta, Sá Fernandes e Manuel Salgado, foi visível a “caldeirada” que resultou da reunião de interesses na lista do PS para Lisboa.

Agora, os eleitores observam também a incongruência das escolhas socialistas a nível nacional. Na verdade, a nível local ou outro, o que os socialistas não parecem recusar-se a entender é que o eleitorado distingue muito bem entre quem apoia um candidato ou um partido porque nele acredita verdadeiramente, e quem o faz por interesse ou na óptica de benefícios futuros. Deste modo, o PS consegue não apenas que os votos não sejam como as cerejas, mas também a ficar apenas com caroços.

1 comentários:

Luis Melo disse...

O país está de pernas para o ar.
Não há valores nem principios.
Não interessam qualidades nem virtudes.

Veja-se na TV. O povo só quer futebol, programas tipo big brother e "gajas boas".

Os programas que mais audiência têm hoje são os mais estúpidos que há. Sem interesse absolutamente nenhum. Mas têm uma menina de pernas à mostra e decotes até ao umbigo.

Sócrates sabe disto e quer aproveitar-se. Escolheu o expoente máximo... Carolina Patrocínio.

Não há um programa de TV que apresente que tenha qualquer interesse. Não tem jeito nenhum para actriz, apresentadora ou modelo.... mas... é giraça.

Não me parece que a vantagem seja assim tanta. Principalmente a julgar por aquelas brilhantes afirmações de menina mimada que não sabe o que custa a vida.